Entrevista com o técnico Antonio Carlos Barbosa


Confira!

O técnico Antonio Carlos Barbosa, de 70 anos (14 de abril de 1945) está de volta ao comando da Seleção Brasileira Adulta Feminina pela terceira vez, agora com um novo desafio, levar o Brasil a uma colocação honrosa na edição de 2016 dos Jogos Olímpicos, que será disputada no Rio de Janeiro. Em seu vitorioso currículo pelo selecionado nacional, o experiente treinador, que é natural de Bauru (SP), tem a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney (Austrália/2000), o título da Copa América/Pré-Mundial (Brasil/1997) e a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro (2007), além de oito títulos sul-americanos adulto.

FPB: Como você analisa o atual momento do basquete feminino brasileiro?

Antonio Carlos Barbosa: Vejo com boas jogadoras, em um momento de poucas equipes e isto é preocupante. A Liga de Basquete Feminino (LBF) teve o número de times diminuído, entendo eu que foi muito mais em virtude deste ano não estar havendo ajuda financeira as equipes participantes, isto tira a chance de mais times disputarem a competição em virtude do alto custo que gera as despesas de viagens. Sempre tivemos problemas com número de equipes!

FPB: Como será a preparação brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio? Já está tudo planejado?

Antonio Carlos Barbosa: Quando assumi, já havia um planejamento e estamos agora realizando algumas readequações, definindo adversários fora do Brasil, visto que o convenio com o basquete feminino nacional e o Ministério dos Esportes foi publicado no Diário Oficial.

FPB: Dá para sonhar com um posicionamento no pódio?

Antonio Carlos Barbosa: Nosso objetivo é pensar em pódio, não podemos pensar pequeno e nem ter medo da responsabilidade de criarmos expectativas. Se não chegarmos ao pódio com certeza vamos ficar próximo.

FPB: Quais são as grandes potências atuais do basquete feminino internacional?

Antonio Carlos Barbosa: Ainda as grandes potências são os Estados Unidos, primeiro, e a Austrália, que seria ainda a segunda força, desde que suas jogadoras top estejam em perfeitas condições físicas; aí viria a Servia (atual campeã Europeia), França e Espanha como as grandes forças atuais. O nosso objetivo será entrar neste grupo de forças mundiais.

FPB: Como é para você, estar de volta a Seleção Brasileira Feminina em um momento importante, ao mesmo tempo conturbado e de transição?

Antonio Carlos Barbosa: Infelizmente, assumi em um momento de desencontros que acabou punindo muito mais as atletas que não participaram do evento-teste dos Jogos Olímpicos e, claro, ao basquete feminino brasileiro no seu todo. Para mim, é um motivo de orgulho e satisfação estar de volta e vejo positivamente este momento, pois temos uma base de jogadoras experientes de alto nível e algumas menos experientes de muito potencial.