Medicina Esportiva


Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial

26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que é uma doença crônica e incurável, mas tratável, determinada por elevados níveis de pressóricos nas artérias, que faz o coração exercer esforço maior do que o necessário para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos. A pressão sanguínea envolve duas medidas, sistólica e diastólica, referentes ao período em que o músculo cardíaco está contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica).

De acordo com o cardiologista Nabil Ghorayeb, que é uma referência no setor, o atleta de alto rendimento precisa estar sempre atento ao controle de sua pressão arterial. “O atleta precisa medir a sua pressão com um médico, pois com uma pessoa desabilitada não adianta, três vezes durante a consulta para que possa ser feito o diagnóstico. Se for o caso, deve usar uma medicação adequada para o controle, que não atrapalhe o seu rendimento ou que possa causar problema de doping”, explica o médico, que tem muita experiência no tratamento de atletas.

“Além disso, o esportista precisa estar atento à alimentação, em especial ao sal, fazendo o uso desta substância na medida certa (menos de cinco gramas por dia, seja ele visível ou embutido nos alimentos industrializados). Outro fator importante é o histórico familiar, ou seja, a hipertensão arterial não é uma doença hereditária, mas de família, que acomete até crianças de três anos de idade”, acrescenta Ghorayeb, que foi praticante de basquete.

Esta enfermidade está entre os principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial, doença arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca. A hipertensão é uma doença crônica, incurável, mas tratável. 

“Sua evolução depende principalmente da regularidade do tratamento com medicamentos, alimentação saudável e exercícios físicos regulares”, finaliza Nabil Ghorayeb, que é Doutor em Cardiologia pela FMUSP, especialista em Cardiologia e Medicina do Esporte, chefe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e do Hospital do Coração (HCor), diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, além de ter recebido o Prêmio Jabuti de Literatura em 2000.